segunda-feira, 6 de junho de 2011

Baseados em fatos surreais

Mauro, um rapaz pacato, morador de uma cidade pacata, sempre foi uma boa pessoa, era dessas pessoas que chama todo mundo de carinho, ele adorava chamar as pessoas de carinho... Mauro era muito carinhoso. Trabalhava desde jovem cuidando de pessoas, se graduou dentro da área de ciências humanas e, naquela época, fazia outro curso de formação durante os sábados. Ele não esperava contanto encontrar Helena. Se conheceram no curso, no primeiro momento ela pareceu simpática, os dois tinham se graduado na mesma coisa, tinham alguns professores em comum. Tudo parecia encaminhar para uma boa amizade, afinal, além de carinhoso, Mauro era muito simpático. Ainda no início eles se mantinham em conversas superficiais, do que gosta de comer, onde gosta de sair, onde mora e até aí a amizade era gratificante.

Helena... ela não queria nenhum mal, as pessoas sabem, mas ela tinha um problema, ela quando ficava curiosa, não sabia quando parar de perguntar, era pra ser apenas um café e uma conversinha daquelas sobre se prefere rock ou pop, se prefere calor ou frio, se acordou muito cedo, então Mauro responde: - Sim, acordei eu e minha mãe às 6 horas, pensei em vir de moto, mas como estava nublado resolvi vir de carro.

Helena, em tom de brincadeira diz pra Mauro que é maldade acordar a mãe tão cedo num sábado e ele respondeu que a mãe acordara por causa do despertador... Ah, se Helena tivesse parado aí, mas ela era curiosa e perguntou: - Ué, mas o despertador é assim tão alto que acorda até a sua mãe? Algo estranho apareceu por detrás das lentes grossas, daquele rosto angelical de Mauro, com um tom entre o determinado e o incerto ele falou: Eu... durmo com a minha mãe.

Além da curiosidade quando Helena escutava algo muito peculiar não se continha, podia ter agido com cautela e dito que gostava mais de Tom Jobim, mas não conseguiria, falou com tom teatral: - Você percebe que você está sendo o marido da sua mãe? Mauro calou, tentou explicar que fora parar no quarto da mãe quando era verão, pois lá tinha ar condicionado, Helena contestou que estavam no iverno, ele mais uma vez tentara se defender dizendo que tinha preguiça e então disse: - No verão, eu tinha acabado de terminar um namoro, minha mãe também, aí eu... Helena não permitiu que ele terminasse de explicar, implacável e quase sem nenhum sentimento falou: - Aí que você e sua mãe começaram a namorar?

Só se via Mauro com a expressão cada vez mais alterada, numa tentativa desesperada disse que estava querendo namorar, mas pobre alma, ainda disse que sua mãe não queria que isso acontecesse e Helena então arrematou: - Pra você namorar tem que terminar com ela primeiro e lógico que ela não vai querer, perder o pé quente de todas as noites. Mauro, o rapaz carinhoso e simpático ficou calado o resto do dia, Helena ainda tentava entender, como se estivesse num transe, o que tinha acontecido.

Era uma vez Mauro (e ai de quem o chamasse assim), hoje Manivela, estava mais uma vez no bar, bebendo mais uma cerveja aguada sob aquela luz neon que todo bar com má reputação tem. Manivela era conhecido por lá, assim como seus outros companheiros do moto-clube. Diziam que ele era diferente, que tinha uma história pesada, que tinha sofrido muito... Reza a lenda que Manivela tinha se desiludido, que algo o mudara profundamente, uns diziam que fizera pacto com o diabo, que matara a mãe pra concluir o negócio, mas ninguém sabia ao certo o que ocorrera e ele preferia assim.

domingo, 14 de novembro de 2010

Você bota a mesa eu como, eu como, eu como, eu como...


Se conheceram porque tinham que se conhecer, ela estudava e estagiava e ele estudava e tinha um restaurante. Seus nomes começavam como termianvam, com a mesma letra: o nome dela era Laiz com z e toda vez tinha que explicar isso; o nome dele é Luiz com z e tinha o mesmo problema. A conversa não passava de um boa tarde tímido e um recomendações ao cozinheiro.

Laiz, com z, ia no restaurante porque a comida era boa, pode se dizer que o local tinha um certo requinte. Sentava-se na beira do ar só pra que Luiz, com z, com seu cavalheirismo, colocasse o vento em uma outra direção, na cabeça de outra pessoa, por exemplo. Certa feita, Laiz agindo naturalmente perguntou se haviam mudado o chefe de cozinha, Luiz não acreditou, ele era assim, impressionável, como ela houvera percebido? Não teve dúvidas perguntou se ela queria ir almoçar com ele. Ela, agindo naturalmente (Laiz era assim, sempre agindo naturalmente) ficou um pouco em dúvida, sentia que estava traindo o cozinheiro de Luiz, mas como esse ainda era novo, não tinha nada firme, nenhuma fidelidade pré-estabelecida, ela aceitou.

Como se conheceram num restaurante, ele achou que seria brega demais levá-la pra comer alguma coisa, então foram jogar sinuca, ela bebia cerveja, ele bebia vodka. Conversaram sobre política, faculdade, pessoas conhecidas, mas acabaram novamente na cozinha. Ele quis convidá-la pra cozinha de sua casa, colocar um "Você não entende nada" da Daniela Mercury com Caetano Veloso, mostrar a mesa fria d mármore, lhe por água na boca com seu fogão de 7 bocas e mostrar o cano, um desing arrojadísssimo, de sua pia, mas se conteve, ainda era o primeiro encontro e não se mostra a cozinha toda num primeiro encontro. Na semana seguinte ela repensou na atitude, como ela chegaria no restaurante? Onde se come a carne não se pega o dono!, foi o que ela pensou enquanto hesitava, mas foi, bem ou mal o restaurante tinha um certo requinte e a comida do novo cozinheiro era motivo suficiente para voltar.

Essa crônica não tem fim, até porque os personagens, mesmo sendo inventadamente fictícios, ainda estão nessa fase de conhecimento. O cozinheiro atualmente já recebe suas congratulações de Laiz, com z, e Luiz aguarda ela chegar sempre com sua cara de impressinado. Semana que vem eles vão sair de novo, dessa vez quem sabe, ela não conheça a tal cozinha que ele falou tanto?

domingo, 3 de outubro de 2010

Toca Rauuuul


Como deu pra perceber não tenho aparecido por aqui, né? Provas, trabalho e voltei pra academia, logo, o tempo não estava a meu favor (nem minha criatividade), mas aí vai um pequeno insight que eu tive um dia desses numa das minhas idas e voltas:

Quem anda de transporte público sabe exatamente do que eu estou falando, existem aqueles que conversam, outros leêm, tem quem durma (ronque, babe, caia no seu ombro) e quem fique acordado pensando. No momento em que isso foi escrito, eu realmente estava escrevendo a mão dentro da barca.

Não sei você, mas acredito que mesmo o babão roncador não é tão irritante quanto os participantes do MSF, vulgo Movimento dos Sem Fone. Vamos fazer um exercício? Quando você pensa num integrante do MSF, qual a imagem vem na sua cabeça? Qual música você imagina tocando? É sério, é pra você visualisar mesmo... Foi? Pois bem, não é esse funkeiro que você imaginou, pois é isso mesmo, Funkeiros, morram de raiva! Sento-me nas barcas, hora do rush, logo, se você senta é pra passar 15 minutos lá, nem pense em se mexer, pessoas de roupa social, terno e gravata e celulares super potentes (para minha infelicidade).

Senta um homem, seus 45 anos de idade, roupa social com um celular no volume máximo tocando alguma tralha dos anos 80, ou pior! Não pense que isso é raridade, numa das minhas voltas de barca, sentou atrás de mim um carequinha peculiar, que apelidei carinhosamente de Britney Spears (carequinha, entendeu a piada?) estava amarradão escutando e assistindo clipes da Mariah Carrey! Eu olhava pra trás pra ter certeza de que era mesmo o carequinha, pior que era, e ele não ficou muito feliz de não ter gostado da seleção musical dele. Vira e mexe eu o vejo nas barcas... Eu fujo dele, sentar de novo perto? I'm not that inocent!

Enquanto estava escrevendo isso, era embalada ao som de I love rock and roll e ria indiscriminadamente, para que vocês tenham a dimensão do negócio, nessas barcas novas, tem um lugarzinho onde ficam duas fileiras de cadeiras uma de frente pra outra. Na minha frente à esquerda estava o nosso digníssimo DJ e a minha frente um casal fazendo força pra não rir. Essa mesma semana, peguei um ônibus (sim, foi uma semana musical) com um rapaz que declamou poesia e cantou uma música pra ganhar um dinheirinho, até aí compreendo (neste momento eu faço no papel um parenteses onde escrevo: Ele está cantando com a música! Pára tudo! Foi uma ordem minha, tive que parar, né?) movimento hippie de volta, acho até legal, melhor do que "halls é um real, halls é um real, halls é um real".

De volta às barcas, do nada a música acaba e surge aquilo que ninguém mais poderia esperar... Apenas um trecho, você sabe muito bem que música é essa "First I was afraid I was petrified...", sim... I will survive, pelo menos era a versão do Cake, mas e não é que o cara estava empolgado cantando junto? Virei fã dessa pessoa! Não aguentei, né? Começo a rir e como já estava chegando perto da costa, saí de lá, não antes de fazer um meneio com a mão e dado uma leve dublada, a drag queen que mora em mim que entenderia esse surto. Fui andando rindo que nem louca, as pessoas olhando pra minha cara e eu ainda ouvindo a música que cada vez se aproximava mais de mim, dei uns dois beliscões pra saber se tava sonhando, se era verdade, se eu não entrei realmente num musical da Broadway sem saber...

Agora momento reflexão, fiz a reflexão lá e faço aqui também: Já imaginou se eu também quero colocar a plenos volumes a minha música (juro que pensei em fazer isso)? Imaginou o mix entre música gay com música DE gay (Muito Freddy Mercury e Madonna no meu playlist)? Alguém teria coragem de fazer uma batalha de sons? Fica o desafio...

domingo, 18 de julho de 2010

Sou caipira pira pora...


Caiporismo é a arte de ser azarado, assim sendo, artista eu sou. Segunda-feira acordo tranquilamente pra ir pro estágio, tomo um banho, lavo os cabelos e lá vai o brinco (que é de segundo furo, logo pequeno) caindo da orelha, esperta como só eu, coloquei logo o pé no ralo e desliguei a água. Cadê que achei o brinco? Até a maldita tarracha eu achei, mas o brinco que é bom foi-se.

Nos dias seguintes não foram diferentes, eu tive que participar de entrevista de candidatos e parece que durante a tarde só os prolixos, os mudos, os esquecidos e os divagantes se apresentavam, dos que foram aprovados, grande parte tinha sido entrevistada de manhã, quando eu não estava. Inúmeras vezes quis ou dar uma bofetada em alguém ou sair correndo dali e ver uma planta crescer (não pelo romantismo da coisa, mas pelo tamanho do meu tédio mesmo). E ainda tive que aturar uma dona que fazia parte da banca que quando eu sentei perto dela, só faltou fazer cabaninha pra não deixar eu ver o que ela estava anotando, não que eu quisesse, mas po, tava escondendo tanto que eu comecei a olhar, só de sacanagem!

Acabando essas entrevistas, nos dias seguintes tive que separar uma documentação em ordem alfabética, mais uma vez ataca a maldita caipora! Não sei quando brasileiro virou ser tão criativo! E a criatividade é tanta que eu nem conseguia compreender o nome dos infelizes, era uma sopa de letrinhas, era Thwanny, Whillian, Rhuanna e coisas do gênero e eu amaldiçoando cada mãe e cada pai que resolveu fazer essa sadomia, pobre escrivão que tem que lidar com isso diariamente! Sem contar o fato de passar por louca no ambiente de trabalho, xingando sozinha, rindo sozinha (po, o sobrenome da pessoa era Coitinho... Não, não era Coutinho.. Era Coitinho, com i mesmo! Se é pra ser assim, chama logo de Rapidinha que todo mundo entende!), as pessoas já estavam um pouco preocupadas.

Pra completar bem a semana, resolveu chover, levei guarda-chuva, até aí meu caiporismo não se manifestou. Mas eu não contava com o engarrafamento de aproximadamente 3 horas... Ah, bobinha eu! Foi um ônibus X que parou no meio do caminho e atravancou tudo, foi o fato de eu sair cor-ren-do, chegar no ônibus e o fdpfdpfdpd ir embora comigo batendo na lateral dele (não foi o mesmo ônibus que enguiçou, mas poderia até ser depois de tanta praga que eu roguei pro motorista!) e a fome, vontade de fazer xixi e simples impaciência que acontecem justamente no dia que parece que nada vai andar.

Sexta-feira, já sabendo do horário do bandido do ônibus, saí minutos mais cedo do trabalho pra pegá-lo, ai Caipora! Não é que ele também saiu mais cedo? Não tinha pra onde, nem porque correr, esperei o próximo (já falei que é só de meia em meia hora que esse maldito ônibus aparece? Pois é, tem isso também!). Cheguei na minha rua e... Por algum motivo cri que a Lagoa Rodrigo de Freitas veio passar uma temporada no meu bairro, corria um rio por onde uma vez era a minha rua; liguei pra mamãe pra ela vir de carro, balsa, o que desse pra me buscar e logicamente, ela ainda não tinha chegado. Quando chegou, foi amarrar saco plástico nos pés (por favor, imaginem a cena, só por diversão) e caminhar tentando descobrir o caminho mais elevado e rezando pra chegar logo.

Chegando em casa, a Caipora já esperava sorrindo pra mim, a casa estava em frangalhos, a varanda toda cheia d'água, a cozinha já estava pela metade e como a água dos ralos volta, os banheiros da casa não estavam diferente. Foi só chegar, botar roupa de Amélia entrar na piscininha e colocar água portão a fora. Quanta gente que passou no conforto do carro, que não deve ter se deleitado com aquela cena! Depois de ter os olhos embaralhados de tantos nomes incompreensíveis, rixa com o motorista e água fria lavando a minha casa, vou terminar esse post basicamente onde iniciei: eu no banho e dessa vez o brinco tava ali do ladinho do ralo, mais um que se ia, não achei a tarracha e... Mas peraí, os dois estam na minha orelha! Esse só pode ser...

sábado, 26 de junho de 2010

Se eu me chamasse Raimunda...


Copa do mundo, Cala boca Galvão e jabulani em alta, mas como eu não estou na África do Sul nem nada, não é sobre isso (exatamente) que eu irei falar. Lógico, época de Copa o Brasil pára, assim como a empresa onde eu estagio, todo mundo do nosso andar se reúne, faz aquela contribuição esperta, rola um almoço, um telão maneiro, enfim, tudo que se poderia querer. Mas coisas estanhas acontecem onde eu trabalho, ou melhor, acontecem comigo! Não sei você, mas acho que todo mundo tem um potencial para loucura, basta haver "o gatilho". Mas... O que é "o gatilho"? Explico: "o gatilho" seria o que desperta a pederastia alheia e não sei se com a Copa do mundo, super exposição de bundas e cervejas ou o barulho pertubador das vuvuzelas isso fica mais evidente.

Sou nova nesse estágio e ainda tive que trocar de andar, pois minha seção estava de mudança, estabelecida no novo andar, comecei a notar nas pessoas ao meu redor. Percebi que havia pelo menos duas gazelas saltitantes onde me encontro, nada contra, deixa elas saltitarem felizes pelas paragens. Um dos meninos da minha seção, no entanto, implica demasiadamente com uma delas e eu que estou ao lado e vejo a cena toda tenho que ficar me escondendo pra não rir na cara. Ah, só pra vocês entenderem melhor, a tal gazela saltitante é casada e tem um filho (não vi, mas todos disseram que está indo pelos mesmos campos floridos do pai). Dizem por aí, que nessa empresa tem várias TREMENDAS que se revelam no trabalho e imitam homem em casa (a outra gazela por exemplo, tem noiva! Não, nunca vi... Não usa aliança... Não vou ser eu que vou perguntar quando vai ser o casório, né?).

Até aí sou eu fazendo fofoca, então vem o tal "gatilho" que eu falei. A tremenda que o rapaz da minha seção implica resolveu ir com a minha cara, disse pra eu não cortar o cabelo, que eu era bonita e me chamava de "amiga", sinceramente, adorei, gays são ótimos amigos. Mas por agora, não sei porque cargas d'água, resolveu dizer que está apaixonado por mim. MAS, HEIN?! Euzinha? Tá certo isso? Não é pelo meu amigo que tem vários atributos que lhe interessam? ( Já falei que ele é muito dúvida? E que ele é casado? Que tem filho? Só pra ter certeza!) O infeliz tá falando com uma menina da minha seção pra ver se ela me convence a dar uma chance pra ele, me pedindo o número do celular, fica tirando foto minha e colocando como fundo do desktop dele, coloca música romântica e diz que é nossa (Sim, estou com medo. Ando olhando para os dois lados quando saio, relaxa).

Foi só esse pederasta mal resolvido começar com a palhaçada que em menos de dois dias virei a "Dona Capitu"! Não sabem quem é Dona Capitu? Imaginem a cena: Eu, quase batendo cabeça na frente do pc devido a falta do que fazer, esperando o jogo da seleção começar, alguém me chama pra ajudar, fui toda serelepe pimpona. Aí dizem "Tem como você subir aqui e limpar o telão? (Meu olhar cortante) Ah, faço melhor, vamos descer o telão e a gente segura pra você limpar, ok?" Como antes eu estava quase babando na frente do gerente, tirar um pózinho era até de bom grado, eis que grita um "Ih, a Dona Capitu da Escolinha do Professor Raimundo! Se vai apagar o quadro, rebola aí!" Bastou um pro resto começar os "gracejos" e até o gerente(Eu, minutos antes atendi no telefone a senhora dona esposa do gerente!!) começou de palhaçadinha! Se eu pudesse entrar no telão e desaparecer, eu entrava! Tá, quem eu quero enganar? Se eu tivesse coragem pegava o cacete do retro-projetor e tacava pela janela, cuspia no telão e mostrava o dedo!

Ser olhada que nem televisão de cachorro não é nada legal, mas pelo menos eu compreendo, abomino, mas compreendo. Agora, ser a suposta paixão (talvez ele queira mesmo ser eu, né? Diz que sim, vai. Diz?) de um bambi de meia idade que não cabe mais dentro do armário, acredito que essa glória são poucos que experienciam (pederastia devia ter limite, concordam?). Ando ansiando pelo final da Copa, o último grito de gol do incessante Galvão Bueno e enfim, o último sopro das vuvuzelas que tirará todos os homens do transe que só veêm um (citando um querido professor de história)fudevù de caçarolê.